09/11/2010

Novos mártires e testemunhas da fé no sec. XX

  • “Novos Mártires” da África
    - Evariste Kagorora, morto em 11 de Abril de 1994 na igreja da Sainte Famille de Kigali, no Ruanda, onde se tinha refugiado.
    - Padre Christian de Chergé, monge trapista de Notre Dame de l’Atlas, na Argélia, morto pelos fundamentalistas islâmicos em 21 de Maio de 1996, juntamente com seis seus confrades.
    - Floribert Bwana-Chui, jovem da Comunidade de Sant’Egidio de Goma (Congo), torturado e morto na noite entre 8 e 9 de Junho de 2007, por não se ter deixado aliciar pelas tentativas de corrupção.
  • “Novos Mártires” da Espanha e do México
    - Martires da guerra civil de Espanha (1936 – 1939).
    - Pe. Josep Maria Noguer i Tarafa, pároco de Santa Pau, Catalunha, fuzilado em 9 de Agosto de 1936.
    - Pe. José Trinidad Ranger, Pe. Andrés Solá y Molist e Leonardo Pérez Larios, fuzilados juntos em 25 de Abril de 1927, durante a perseguição religiosa após a nova constituição mexicana de 1917.
    - S. David Galván Bermudez, morto a 30 Janeiro 1915, e os Santos Jenaro Sánchez Delgadillo, Julio Álvarez Mendoza, José Isabel Flores Varala e Pedro Esqueda Ramirez, todos fuzilados em Novembro 1927, no periodo mais cruento da perseguição no México.
  • “Novos Mártires” do nazismo
    - B. Franz Jägerstätter, católico austríaco, decapitado numa prisão perto de Berlim, em 9 de Agosto de 1943.
    - Eugen Bolz, católico, opositor do regime nazista, decapitado em 23 de Janeiro de 1945, que graças à sua esposa, recebia a Comunhão apesar da proibição dos carcereiros.
    - Pastor evangélico Paul Schneider, morreu em 18 de Julho de 1939.
  • - Beato cardeal Clemens Augustus von Galen.
    - Mons. Joannes Baptista Sproll, bispo de Rottenburg-Stuttgart, exilado por causa da sua oposição ao programa nazista de eutanásia.
    - Heinrich Ruster , morto no campo de Concentração Sachsenhausen de em 23 de Outubro de 1942.
  • “Novos mártires” do comunismo
    - Sofián Boghiu, arquimandrita da Igreja ortodoxa da Roménia, do mosteiro Antim de Bucareste, condenado a 16 anos de trabalhos forçados com a acusação de actividade anticomunista.
    - Alexander Men, padre ortodoxo de Moscovo, morto em 9 de Setembro de 1990 enquanto ia para a sua igreja celebrar a liturgia dominical.
  • “Novos Mártires” na América Latina
    - Pe. André Jarlan, padre francês, morto em Santiago do Chile em 4 de Setembro de 1984, enquanto lia a Bíblia.
    - Pe. André Jarlan.
  • - Mons. Oscar Arnulfo Romero, arcebispo de São Salvador, morto no altar enquanto celebrava a Eucaristia, em 24 de Março de 1980.
    - Card. Juan Jesús Posadas Ocampo, arcebispo de Guadalajara, no México, morto pelos narcotraficantes em 24 de Maio de 1993.
    - Mons. Alejandro Labaka, bispo de Agarico (Equador) e irmã Inés Arango, os dois missionários capuchinhos, mortos em 21 de Julho de 1987 na floresta amazónica pelas lanças daqueles a quem queriam proclamar o Evangelho.
  • “Novos Mártires” na Ásia, Oceânia e Médio Oriente
    - Confrades anglicanos Patteson Gatu, Alfred Hill e Robin Lindsay no momento em que deram a vida pelo Evangelho e pela paz na Ilha de Guadalcanal, em 24 de Abril de 2003. - outros confrades mortos nas mesmas circunstâncias: Francis Tofi, Ini Paratabatu,Tony Sirihi e Nathaniel Sado.
    - D. Andrea Santoro, padre romano missionário na Turquia, morto enquanto rezava na sua paróquia de Trebisonda, na tarde de domingo, 5 de Fevereiro de 2006.

04/11/2010

S. Carlos Borromeu - modelo de pastor e caridade

São Carlos Borromeu (Arona, 2 de outubro de 1538 — Milão, 3 de novembro de 1584) foi um cardeal italiano, primeiro bispo a fundar seminários para a formação dos futuros padres; promoveu sínodos diocesanos; abundou os escritos catequéticos e conhecimento da doutrina católica.

Biografia
Era filho do Conde Gilberto Borromeo e de Margarete de Medici, irmã do Papa Pio IV (1559-1656), do qual era sobrinho. Carlos recebeu óptima formação humana e cristã, de forma que estudou na Universidade de Pavia e destacou-se pela facilidade de administrar e tratar as pessoas. Chamado a Roma pelo tio Papa, São Carlos mesmo antes de receber os Sacramentos da Ordem, aceitou a nomeação e responsabilidades de Cardeal e Arcebispo de Milão, num tempo em que a Igreja abria-se para sua renovação interna.

Bispo que tornou-se para a Igreja um modelo de pastor e caridade, já que se consumiu por inteiro pela guarda e salvação das almas. São Carlos, logo após ter auxiliado o Papa e tê-lo motivado para colocar em prática todo o inspirado conteúdo do Concílio de Trento (1545-1563), assumiu com todo o ardor a missão de obedecer as decisões do Concílio, o qual respondia as necessidades da Igreja daquela época, e também levar a todos os fiéis da diocese de Milão para o Cristo.


Determinado, foi o primeiro bispo a fundar seminários para a formação dos futuros padres; promoveu sínodos diocesanos; abundou os escritos catequéticos e conhecimento da doutrina católica; impulsionou a boa empresa e assistiu com seu zelo e apostolado santo toda a sua região além de ajudar na Evangelização de outras áreas da Europa, desta maneira deu sua vida a Deus gastando-se totalmente pelo bem dos outros e da Igreja.

Sentindo-se atraído pela vida contemplativa, pensou em renunciar à arquidiocese. Mas o seu amigo o Venerável Dom Frei Bartolomeu dos Mártires, arcebispo de Braga, dissuadiu-o dessa idéia, convencendo-o de que, naquele século em que o alto Clero tantas vezes dava mau exemplo, seria melhor que ele, altamente colocado na escala social e para além de sobrinho do Papa, desse o bom exemplo de vida santa como arcebispo. Foi o que fez São Carlos Borromeu, modelo perfeito de pastor de almas zeloso, que aplicou em Milão as reformas ordenadas pelo Concílio de Trento.

Bento XVI ao referir-se a ele afirmou: A sua figura destaca-se no século XVI como modelo de pastor exemplar pela caridade, doutrina, zelo apostólico e sobretudo, pela oração.

"Dedicou-se por completo à Igreja ambrosiana: visitou-a três vezes; convocou seis sínodos provinciais e onze diocesanos; fundou seminários para formar uma nova geração de sacerdotes; construiu hospitais e destinou as riquezas de família ao serviço dos pobres; defendeu os direitos da Igreja contra os poderosos; renovou a vida religiosa e instituiu uma nova Congregação de sacerdotes seculares, os Oblatos. (...) O seu lema consistia em uma só palavra: "Humilitas". A humildade imipulsionou-o, como o Senhor Jesus, a renunciar a si mesmo para fazer-se servo de todos" (Audiência do Angelus na praça de São Pedro em 4 de dezembro de 2007, Vatican Information Service Ano XVII - Num. 187)